Parada da Copa América muda panorama e reequilibra forças no Brasileirão

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A parada do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa América mexeu com as forças dos times e promoveu várias mudanças na classificação. Cinco rodadas depois da retomada, há alterações bruscas na competição, como a mudança de líder - o Santos superou o Palmeiras -, clubes que reagiram e troca de treinadores. Para algumas equipes, porém, nada mudou.

O Estado fez uma análise das condições da tabela e explica alguns dos motivos das alterações. Entre os times que evoluíram está o Santos, do técnico argentino Jorge Sampaoli, que virou líder do Brasileiro graças à série de sete vitórias seguidas (quatro delas após a Copa América).

Antes da parada, a equipe estava cinco pontos atrás do Palmeiras; agora, são três pontos de vantagem. O futebol ofensivo e de movimentação contou com a ascensão técnica de jogadores como Sasha e Soteldo.

Sampaoli admitiu semanas atrás ter ficado surpreso com o crescimento da equipe. "Não esperava uma resposta assim. Muitos jogadores novos, uma equipe distinta e com grandes jogadores que saíram no início do ano. Mas todos se encaixaram, a equipe se acomodou e estamos conseguindo competir."

O São Paulo vive bom momento após a Copa América - pulou do 9º para o 5º lugar. A principal chave da evolução é o crescimento do ataque. o tricolor obteve três vitórias seguidas, a última delas no sábado, sobre o líder Santos. "É uma vitória contra a melhor equipe do campeonato, um time muito difícil. É uma vitória que dá confiança. A gente pode e deve evoluir", explicou Cuca.

O Vasco tem conseguido se afastar das últimas posições da tabela. Comandado por Vanderlei Luxemburgo, o time mostrou mais organização e consistência defensiva. Nos cinco compromissos disputados após a volta do Brasileiro, o aproveitamento que era de 33% saltou para 53%.

Há times que "ficaram na mesma", uns em cima e outros embaixo na tabela. O Cruzeiro, então comandado por Mano Menezes, tinha a esperança de usar o período de treinos durante a Copa América para reagir. Não conseguiu. Continuou na zona de rebaixamento e, em busca de reação, contratou o treinador Rogério Ceni. O clube não ganha desde 5 de maio e tem uma das piores defesas, com 22 gols sofridos.

Irregular e inseguro, o Fluminense continua só uma posição acima da zona de rebaixamento. Nos quatro últimos compromissos foram três derrotas, marcadas por falhas na defesa.

O Flamengo continua bem, na parte de cima da tabela. Firme na terceira posição, trouxe o treinador português Jorge Jesus e continua estável por se manter invicto como mandante.

PIORA - Mas a parada da Copa América também fez mal para algumas equipes. O antigo líder, o Palmeiras, não venceu um jogo sequer desde o retorno da competição. A defesa só tinha sofrido dois gols e depois da retomada foi vazada sete vezes em cinco partidas. O desequilíbrio defensivo preocupa o técnico Luiz Felipe Scolari. "Fizemos uma boa arrancada, tivemos problemas depois da Copa América e agora estamos jogando bem", considera o treinador.

O Goiás também caiu bastante. Estava em 6º lugar e despencou para a 13ª posição. O declínio ficou marcado por derrotas por 6 a 1 sofridas para Flamengo e Santos, fora a demissão do técnico Claudinei Oliveira, agora substituído por Ney Franco.

O Internacional também teve uma queda de rendimento. Com o time envolvido em competições mata-mata, o técnico Odair Hellmann tem poupado alguns titulares para priorizar compromissos da Copa do Brasil e Copa Libertadores. Com isso, o time só venceu uma em cinco partidas e caiu de 4.º colocado para o 8º lugar.

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