Dólar sobe 0,48% e fecha em R$ 3,75 após cinco dias seguidos de queda

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O dólar voltou a subir hoje, após cair nos últimos cinco pregões. Operadores destacam que o movimento foi um ajuste, sobretudo após o real ser a moeda que mais se valorizou no mercado internacional na semana passada, considerando uma cesta de 35 divisas. Nesta segunda-feira, 15, com a agenda doméstica fraca, o mercado local acompanhou o fortalecimento do dólar no exterior, ante moedas de países desenvolvidos e alguns emergentes. O dólar à vista fechou em alta de 0,48%, a R$ 3,7563.

A liquidez foi fraca hoje, com o mercado futuro movimentando apenas US$ 10,4 bilhões, ante média de US$ 18 bilhões. No mercado à vista, o giro também foi fraco, com US$ 760 milhões, abaixo da média de US$ 1,3 bilhão de dias normais. O dólar futuro para agosto fechou em alta de 0,52%, a R$ 3,7610.

"Na falta de notícias internas, o mercado acompanhou o exterior", afirma o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Apesar da alta de hoje, ele ressalta que a tendência do dólar ainda é de queda e a moeda pode cair abaixo de R$ 3,70 se houver noticiário positivo, sobretudo sobre a Previdência, como a reinclusão de Estados e municípios no texto.

Hoje, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), disse achar "confortável" que os senadores avaliem a reforma em um prazo de 60 dias e não espera muita desidratação do impacto fiscal na tramitação.

Os estrategistas do banco dinamarquês Danske Bank também veem o real ganhando força nos próximos meses. A tendência é que a moeda americana recue para a casa dos R$ 3,64 nos próximos três meses e R$ 3,50 nos próximos 12 meses. A avaliação do Danske é que o dólar deve se enfraquecer também na economia mundial, por conta da expectativa crescente de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). "Os recentes comentários do Fed nos convenceram ainda mais de que os cortes de juros vão começar a partir deste mês", ressaltam em relatório nesta segunda-feira. Outro fator que deve contribuir para manter a moeda americana enfraquecida é a trégua comercial acertada entre Estados Unidos e Pequim.

No exterior hoje, o dólar subiu em meio a indicadores econômicos fracos da China, que teve o menor nível de crescimento em 27 anos, pela cautela com o início de divulgação dos balanços corporativos nos Estados Unidos e também por uma recuperação das quedas da semana passada.

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