Doria anuncia primeiras medidas da gestão à frente da Prefeitura de SP

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou no início da tarde desta segunda-feira, 2, a implementação das primeiras medidas de seu governo. O tucano concedeu entrevista na sede da Prefeitura coletiva após a primeira reunião com os secretários municipais e presidentes das empresas estatais.

O prefeito informou que o governo ratificou o compromisso de reduzir em 15% os valores de todos os contratos da administração, exceto os das áreas de educação, saúde e transportes. "Não vai provocar redução de serviços; é reduzir valor mantendo os serviços. Cada empresa (fornecedora) faz seu esforço de readequação na realização dos serviços", disse o prefeito. O secretário de Governo, Júlio Semeghini, disse que todos os contratos estão sendo revistos para haver a negociação com as empresas. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Uebel, anunciou também que o índice de reajuste dos contratos vai mudar de como é hoje, considerando a inflação passada, para a inflação projetada no futuro, que é menor, segundo ele.

Ele também confirmou a promessa de leiloar 1,3 mil automóveis do município, valor que deve gerar uma economia de R$ 120 milhões ao ano e de R$ 480 milhões nos quatro anos de gestão.

Além disso, afirmou o prefeito, haverá corte de 30%, no mínimo, no número de cargos comissionados nas secretarias e empresas estatais. Doria afirmou que cada secretário e presidente de estatal vai ser responsável por conduzir e determinar os cortes. O secretário Paulo Uebel disse que serão cortados em torno de 3 mil cargos, dos 10 mil comissionados existentes. "Algumas secretarias vão ter mais de 30% (de redução) algumas, menos. Em média, é 30%", disse.

O prefeito anunciou que vai ser nomeado um gestor de Economia em cada secretaria e estatal para acompanhar os custos das pastas e conduzir as reduções de despesas necessárias para a eficiência econômica do governo.

Na educação, Doria afirmou que em 12 meses serão criadas 66 mil novas vagas de creches, o que representa um custo de R$ 230 milhões. O recurso virá de orçamento própria mais apoio do setor privado, na cessão de espaços físicos. "A única contrapartida é ajuda social, não tem nenhuma outra a não ser melhoria para a cidade", disse Doria.

A gestão também anunciou que a partir do dia 10 de janeiro, a Secretaria da Saúde terá um prazo de 90 dias para zerar as filas de exames de saúde no sistema. A administração informou que há 550 mil pessoas na fila, mas que muitas delas já fizeram exames no setor privado. "Exames que tem mais de seis meses de solicitação vão ter os pacientes encaminhados a nova consulta para atualizar a fila", disse o secretário da Saúde, Wilson Pollara.

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