Delação revela corrupção em obras de RS 600 milhões em Belém

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Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal e a Receita deflagraram nesta sexta-feira, 14, a segunda fase da Operação Forte do Castelo que investiga suposto esquema de corrupção em grandes obras da Prefeitura de Belém orçadas em R$ 600 milhões. Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de buscas na capital paraense e em Brasília. O alvo maior da investigação é o ex-prefeito de Belém Duciomar Costa (PTB), conhecido como "Dudu".

A Forte do Castelo 2 tem base na delação de executivos de uma construtora responsável pelas obras do Portal da Amazônia, a Macrodrenagem da Estrada Nova e o BRT-Belém. Eles fecharam acordo de colaboração premiada em maio passado e entregaram documentos que reforçam as suspeitas dos investigadores.

Em nota, a Controladoria informou que os delatores deram depoimentos e apresentaram documentação que implicam novos personagens no esquema vigente durante os dois mandados do ex-prefeito de Belém, em especial ex-secretários municipais, que tiveram intensa participação nos atos de direcionamento de licitações, além de acerto e recebimento de valores indevidos pagos pela construtora. Os percentuais de propina chegavam a até 8% dos contratos com a empresa.

A operação tem a participação de 20 policiais federais, dez servidores da Receita Federal, cinco auditores da CGU e dois procuradores da República para cumprir cinco mandados de busca e apreensão.

O nome "Forte do Castelo" faz referência à construção levantada sobre a Baía do Guajará, em 1616, ano de fundação da capital do Pará, a fim de conter ataques de saqueadores que rondavam a região.

Defesas

A reportagem está tentando localizar os citados. O espaço está aberto para as manifestações.

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