Bolsas da Europa fecham em alta, de olho em Brexit, Itália e comércio

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As bolsas europeias fecharam em território positivo, nesta terça-feira, 13, recuperando-se da jornada ruim do dia anterior. Investidores continuaram a monitorar as negociações da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, e também a questão do orçamento da Itália para o próximo ano, que atraiu críticas dos parceiros da UE. Além disso, a volta de um maior otimismo por um acordo comercial entre Estados Unidos e China influiu. A fraqueza do petróleo, porém, pressionou o setor de energia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com ganho de 0,67%, em 364,44 pontos.

Durante o pregão europeu, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou em entrevista à rede CNBC que seu país e a China voltaram a dialogar na questão comercial, o que ajudou o humor dos investidores. Segundo Kudlow, porém, um acordo precisa atender aos interesses americanos.

Além disso, os sinais do diálogo entre Londres e Bruxelas sobre o Brexit estiveram no radar. Mais para o fim do pregão na Europa, a imprensa local informou que teria havido um consenso entre as partes sobre o status futuro da fronteira entre as Irlandas, um dos principais pontos de entrave para um acordo. Depois da notícia, a libra se fortaleceu e a bolsa de Londres também melhorou. Já no caso da Itália, termina hoje o prazo para o país apresentar sua proposta revisada de orçamento para a UE, após a versão inicial desagradar a Bruxelas, que deseja um compromisso maior do país para conter gastos e melhorar sua trajetória fiscal.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,01%, em 7.053,76 pontos. Gigante do setor de telecomunicações, Vodafone avançou 7,79%, após divulgar planos para cortar custos e melhorar sua perspectiva de resultados. Já a ação da petroleira BP teve queda de 2,76%. No caso dos bancos, Lloyds subiu 1,48% e HSBC, 1,51%.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,30%, a 11.472,22 pontos. Entre as ações mais negociadas, Deutsche Telekom subiu 1,57% e Infineon Technologies teve ganho de 4,15%, mas no setor de energia E.ON recuou 0,22%.

Na bolsa de Paris, o CAC-40 subiu 0,85%, a 5.101,85 pontos. A petroleira Total também ficou pressionada, em queda de 1,41%, mas Société Générale avançou 1,37% e Crédit Agricole teve ganho de 1,09%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou com ganho de 0,90%, em 19.226,52 pontos. Telecom Italia subiu 1,43%, após a empresa revogar todos os poderes do diretor executivo Amos Genish, depois de uma disputa de meses entre os acionistas Vivendi, que indicou Genish, e o fundo Elliott Management. Entre os bancos, BPM recuou 0,32%, mas UniCredit teve ganho de 1,87%.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,76%, a 9.145,40 pontos. Santander teve sessão forte, em alta de 2,23%, enquanto BBVA avançou 1,77%. Repsol, por outro lado, perdeu 0,85%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 foi na contramão da maioria e caiu 0,73%, a 4.955,60 pontos. Banco Comercial Português teve queda de 0,95% e EDP-Energias de Portugal cedeu 1,03%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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