Luiz Henrique Mandetta é um possível nome para ministro da Saúde, diz Bolsonaro

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O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) é cotado para assumir o Ministério da Saúde no novo governo, segundo contou nesta segunda-feira, 12, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ele concedeu entrevista na porta do condomínio em que mora, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), nesta tarde.

"Conversei com o Mandetta hoje, dei mais um passo, estou conversando com ele sim. Ele tem reportado as questões da Saúde comigo. Pode (ser o novo ministro), está sendo conversado o nome dele, mas nada definido", afirmou o presidente eleito. "Tem que tapar os ralos que existem (na saúde), tem que racionalizar, porque não tem como investir mais na saúde. Já estamos no limite dos gastos em todas as áreas", disse Bolsonaro, sobre os desafios do futuro ocupante da pasta.

Bolsonaro afirmou que não há "nada definido" sobre cargos na Petrobras: "Só especulações, tem nomes aparecendo, mas (o futuro ministro da Economia) Paulo Guedes não bateu o martelo ainda. Amanhã (13) Paulo Guedes pode definir mais algum nome".

Sobre a nomeação de Joaquim Levy para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bolsonaro disse confiar na escolha feita por seu futuro ministro da Economia: "Tem uma reação, tendo em vista ele (Levy) ter servido a Dilma (Rousseff) e (Sérgio) Cabral, mas não tem nenhum processo contra ele. Esse é o argumento do Paulo Guedes, e eu tenho que acreditar. Na primeira semana não vai ter mais sigilo no BNDES. Eu não sei o Joaquim Levy (se quer abrir o sigilo do BNDES). Meu contato é com o Paulo Guedes, ele é que vai abrir. Se não abrir, alguma coisa vai acontecer", afirmou Bolsonaro.

O presidente eleito afirmou que durante reunião com Guedes na manhã desta segunda-feira também conversou sobre a reforma da Previdência: "A gente acha que dificilmente se aprova alguma coisa neste ano. A reforma que está aí não é a que eu e Onyx Lorenzoni queremos. Tem que reformar a Previdência, mas não apenas olhando números, tem que olhar o social também. O meu trabalho e o seu são diferentes de quem trabalha na construção civil, por exemplo. Tem que ter coração também. Tem que começar com a Previdência pública", afirmou.

Bolsonaro vai a Brasília nesta terça-feira, 13, e ficará na capital federal até quarta. "Tenho três visitas institucionais: vou ao Banco do Brasil, passo a manhã toda lá, no dia seguinte também passo o dia no Banco do Brasil. As visitas institucionais são Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM)".

O presidente eleito também tem compromissos na Câmara e no Senado: "Devo tomar um café com Rodrigo Maia na quarta-feira de manhã. Houve até um mal entendido. Eu disse pra minha assessoria que queria visitar a Câmara e o Senado, aí eles marcaram audiência (com Rodrigo Maia e Eunício Oliveira), mas o que eu quero é o plenário. Não quero audiência porque eles falam comigo por telefone, não precisa de audiência. Aí cancelaram as audiências. O que eu quero é andar pela Câmara, que é minha casa, andar pelo Senado, apertar a mão de parlamentares".

Sobre o orçamento para 2019, Bolsonaro afirmou que qualquer mudança gera "chiadeira" dos parlamentares: "Vamos supor que o Paulo Guedes queira tirar R$ 100 milhões de um lugar e colocar em outro. Vai ter chiadeira. Tenho conversado com Paulo Guedes, ele tem pouca experiência política, reconhece isso. O orçamento é igual aquele castelo de cartas: mexeu num lugar, cai tudo, e a chiadeira de deputados e senadores é grande. Se ele quiser mexer ( no Orçamento), provavelmente não serão R$ 100 milhões, serão alguns bilhões".

Bolsonaro também falou sobre seu futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro: "Ele não pode tudo, assim como eu não posso tudo. Ele quer levar adiante o sonho de combater a corrupção e o crime organizado", afirmou.

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