Bolsas de NY fecham mistas com suposta interferência eleitoral nos EUA

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Com recuperação após as quedas recentes, influenciados por resultados corporativos e em meio a acusações dos Estados Unidos de tentativas de interferência eleitoral em seu território, os principais índices acionários de Nova York fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, 19.

O Dow Jones registrou alta de 0,26%, aos 25.444,34 pontos, ao passo que o S&P 500 caiu 0,04%, para 2.767,78 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,48%, aos 7.449,03 pontos. O índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street, voltou a fechar abaixo da marca de 20 pontos, aos 19,89 pontos, em queda de 0,85%. No acumulado da semana, os sinais também foram mistos: Dow Jones subiu 0,56%, S&P 500 avançou 0,27% e Nasdaq cedeu 0,32%.

Os índices S&P 500 e Nasdaq acentuaram perdas durante a tarde, enquanto o Dow Jones virou pontualmente para o negativo, em meio às informações de que agências de inteligência dos EUA levantam preocupações com tentativas de interferência no processo eleitoral no país, entre eles o do Legislativo, que vai ocorrer no país em novembro.

Segundo as agências americanas, as suspeitas estão sobre países como Rússia, China e Irã e há campanhas em andamento que podem assumir diversas formas, entre elas em redes sociais. Com essas declarações, as ações do Facebook (-0,56%) viraram para o negativo e as do Twitter (-1,57%) sofreram maior pressão.

Mais cedo, as bolsas em Nova York operavam no positivo, com recuperação após as perdas recentes. As altas também eram apoiadas "mais uma vez por alguns anúncios decentes do setor corporativo", avalia o economista-chefe da CMC Markets UK, Michael Hewson. Entre eles, estão os resultados apresentados pela Procter & Gamble (+8,80%), que registrou lucro por ação ajustado de US$ 1,12, acima da previsão de analistas ouvidos pela FactSet, de US$ 1,09. A notícia impulsionou o setor de bens de primeira necessidade, cujo subíndice do S&P 500 avançou 2,31%, com destaque para as ações do Walmart, que subiram 1,02%, enquanto as da PepsiCo ganharam 2,19% e as da Philip Morris avançaram 1,50%.

O setor financeiro também registrou alta, também influenciado por balanços e em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continue a elevar as taxas de juros americanas. O subíndice financeiro do S&P 500 avançou 0,35%, apoiado pelos resultados melhores do que o esperado da American Express (+3,78%), e por papéis de bancos como Goldman Sachs (+0,89%) e Morgan Stanley (+0,85%).

Já algumas das principais ações de tecnologia registraram queda. A Netflix (4,05%) liderou as perdas, seguida por Spotify (-2,33%) e Intel (1,47%). IBM (-1,11%) e Amazon (-0,38%) também caíram.

Investidores acompanharam ainda a divulgação das vendas de moradias usadas, que recuaram 3,4% em setembro ante o mês anterior, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 5,15 milhões, conforme informou a Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês), queda bem mais acentuada que a previsão de recuo de 0,9%, a 5,29 milhões, de analistas.

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