Bolsas de NY recuam ainda com mau humor, com queda em techs e bancos

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Após sessão volátil, as bolsas de Nova York voltaram a encerrar as negociações nesta segunda-feira, 15, em território negativo e, mais uma vez, com protagonismo das ações de tecnologia, que pressionaram os índices, seguidas pelo recuo nos papéis dos setores de energia e financeiro, de olho em resultados corporativos. No pano de fundo, ainda figuram as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, além do aperto monetário em solo americano.

O índice Dow Jones registrou queda de 0,35%, aos 25.250,55 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,59%, aos 2.750,79 pontos. O Nasdaq cedeu 0,88%, para 7.430,74 pontos. O índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street, voltou a encerrar o pregão acima dos 20 pontos, aos 21,30, alta de 0,05%. Para analistas do UBS, o VIX abaixo da marca dos 20 pontos indica um ambiente positivo para os negócios.

Enquanto investidores aguardam os desdobramentos da relação comercial entre Estados Unidos e China e monitoram a possível aceleração da trajetória de alta de juros pelo Federal Reserve, o mau humor continua a predominar entre os índices nova-iorquinos.

Nesta sessão, a queda foi novamente liderada pela queda nas ações de tecnologia. Os papéis do Netflix chegaram a cair mais de 3% após o Goldman Sachs e a corretora Raymond James reduzirem sua expectativa para papel. Da mesma forma, as ações da Apple registraram queda de 2,14%, enquanto as da Amazon caíram 1,55% e as da Alphabet, controladora do Google, recuaram 1,62%. Nesta semana, tem início ainda a temporada de balanços das giant techs.

Investidores também acompanharam resultados corporativos. Hoje foi a vez do Bank of America (BofA), que superou as expectativas ao registrar um lucro líquido de US$ 7,167 bilhões no terceiro trimestre do ano, 32% maior do que o ganho de US$ 5,424 bilhões obtido em igual período de 2017. Já o lucro por ação ficou em US$ 0,66 entre julho e setembro, acima da previsão de US$ 0,62 de analistas. Mesmo assim, as ações recuaram 1,90%, em parte, devido ao crescimento estável dos empréstimos. Na sexta-feira, JPMorgan (-0,57%) e Citigroup (0,90%) também mostraram resultados que superaram as projeções de lucro por ação, enquanto o Wells Fargo (2,17%) frustrou as projeções.

Já as tensões entre os EUA e Arábia Saudita, diante da morte de um jornalista, pressionaram as ações do setor de energia, à medida que o presidente americano, Donald Trump, ameaçou impor sanções que penalizariam o reino. O subíndice do setor do S&P 500 recuou 0,82%.

No setor corporativo, as ações da varejista Sears Holdings Corporation, controladora de uma rede varejista com 125 anos de história e que já foi a maior dos EUA, despencaram 23,83%, depois que a companhia ingressou na madrugada desta segunda-feira com um pedido de recuperação judicial (baseado no capítulo 11 da legislação americana sobre falências). A empresa deverá fechar imediatamente 150 de suas atuais 700 lojas, que operam sob as bandeiras Sears e Kmart. Em 2012, a rede contava com 4 mil unidades, que empregavam mais de 350 mil pessoas - hoje, são 70 mil funcionários.

Entre os indicadores do dia, destaque para as vendas no varejo, que cresceram 0,1% em setembro ante agosto, a US$ 509 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio. O resultado ficou bem aquém da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 0,7% nas vendas. Os papéis da Macy's fecharam praticamente estáveis, com alta de 0,03%.

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