Não parece que haverá progressos para o comércio no G-20, diz ministro alemão

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O ministro de Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que, "infelizmente, não parece" que os países reunidos neste fim de semana na capital argentina de Buenos Aires na cúpula do G-20 alcançarão "grandes progressos" para o comércio global. "(Mas) temos de nos esforçar para evitar que os desdobramentos ruins no mundo se estendam ainda mais", comentou o social-democrata em entrevista ao jornal Stuttgarter Zeitung publicada nesta sexta-feira.

Para o alemão, "quando outros se tornam intranquilos", é importante intervir de forma "racional" e "de cabeça fria" para que haja no futuro "um comércio global livre, que segue regras justas e razoáveis". "Por isso, é um sinal encorajador nestes dias que os Estados-membros da União Europeia estejam, de fato, agindo juntos nesse tema importante (do comércio", apontou.

Adotando, ao menos nesta fala, vocabulário similar ao do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Scholz declarou que é necessário continuar construindo a cooperação na Europa para que os países do continente "não possam ser empurrados de um lado para o outro no mundo".

"Vivemos atualmente uma escalada de conflitos comerciais. A União Europeia tem de advogar no sentido de que, internacionalmente, não entremos em um tipo de pingue-pongue tarifário. Isso causaria danos a todos", comentou o ministro.

Quando questionado sobre se a situação seria mais "aconchegante" com "um outro presidente dos EUA", Scholz replicou com mais uma frase de efeito, arrematando que "dança-se com aqueles que estão no salão". "Isso vale tanto na discoteca da cidade quanto na política mundial. Por isso, temos de lidar com o governo dos EUA que foi eleito. O que está claro é que temos de tirar as lições certas dos acontecimento atuais", concluiu.

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