Ibovespa sobe numa reação positiva à aliança do Centrão com Alckmin

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O Ibovespa abriu em forte alta nesta sexta-feira, 20, reagindo positivamente à aliança entre o Centrão e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Na máxima, o indicador foi a 79.354 pontos, com ganho de 2,41%. Em Nova York, os principais índices acionários abriram em queda. Na Europa, as bolsas também têm uma manhã de perdas. Esse movimento nos mercados de ações externos pode vir a limitar os ganhos na bolsa brasileira.

A desmontagem de posições mais pessimistas sobre os ativos brasileiros também claramente acontece nos mercados de câmbio e juros futuros. O dólar chegou a valer R$ 3,7585 (-2,18%) na mínima. Esse é o menor valor intraday desde 22 de junho passado (a R$ 3,7373) e a maior queda porcentual intraday desde 8 de junho (-5,35%). O movimento acionou ordens de "stop loss", que potencializaram a baixa. Ainda, está em linha com a desvalorização da moeda americana ante todas as emergentes e ligadas a commodities nesta manhã.

O dólar no exterior também perde valor em relação às divisas de economias desenvolvidas, sendo que as mínimas intraday ante o euro e o iene aconteceram após fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele fez mais uma crítica indireta à política de aperto monetário conduzida pelo Federal Reserve (Fed), dizendo que China, União Europeia e outros países "têm manipulado suas moedas e cortado juros, enquanto EUA elevam".

Da agenda econômica doméstica, o unido destaque foi o IPCA-15. O indicador registrou alta de 0,64% em julho, após ter avançado 1,11% em junho, segundo o IBGE. O resultado veio no piso do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast (0,64% a 0,84%). Segundo o economista João Fernandes, da Quantitas Asset Management, o resultado revela que os efeitos inflacionários da greve dos caminhoneiros no fim de maio e início de junho ficaram mais restritos do que o esperado.

Às 11h21, o Ibovespa subia 2,05% aos 79.075 pontos. Todas as blue chips subiam, inclusive Petrobras, insensível à virada nos preços dos contratos futuros do petróleo.

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