Encontro do destino!

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Encontro do destino!
Foto: Edson Dias e arquivo pessoal


Encontro do destino!


Uma carreira predestinada e a relação forte entre um genro e seu sogro são os destaques de uma bela história

Santista de coração, apaixonado pela comunicação e dono de uma voz inconfundível, José Antônio Carniel é considerado um dos melhores leiloeiros da região. Com 66 anos de idade e exercendo a função há 28 anos, ele é marcado por muitas histórias, aprendizados e alegrias.
Sua gratidão é a fonte de inspiração para continuar nos dias de hoje exercendo a mesma profissão ou como ele mesmo diz, “É o meu hobbie preferido, faço com amor!”.


Uma das magias que o jornalismo me proporciona é o fato de contar histórias reais e relatar uma história de 28 anos repleta de momentos marcantes, foi de grande alegria e satisfação. O leiloeiro Carniel, como é conhecido por todos, lembrou com carinho do início da sua trajetória até chegar aos dias atuais. Por um acaso do destino, o leilão começou quando ele conheceu seu sogro, Sr. Isauro, do qual se recorda com os olhos lacrimejados e com um carinho imenso em seu coração. Toda essa paixão por locução se iniciou desde jovem em Sorocaba/SP, quando ainda fazia seminário. Aos 13 anos, ao escolher uma atividade extracurricular, optou por aulas de teatro, pois adorava falar em público. Comunicativo, quando voltou para Tietê, já com 16 anos, ficou conhecido pela voz grossa e por sua facilidade em se comunicar, assim ganhou fama como locutor e passou a apresentar diversos eventos realizados na cidade.
Anos mais tarde, ao conhecer sua esposa Regina, ele ganhou um dos seus maiores presentes, o seu sogro, como ele mesmo diz, “Meu segundo Pai!”. Essa bela relação resultou em uma carreira que perdura em sua vida até hoje, o leilão. Ele conta que seu sogro o chamou para fazer leilão após ter perdido o seu parceiro, “Me lembro até hoje da primeira vez que fiz leilão, ele me levou e me disse para observá-lo enquanto fazia, depois de meia hora, deu o microfone na minha mão e me deixou sozinho, me surpreendi e consegui ganhar a atenção do público”, conta.

Após 13 anos de parceria, o Sr. Isauro acabou falecendo, deixando-o sem nenhum parceiro para acompanhá-lo durante os leilões “Senti muito o falecimento do meu sogro, era muito apegado a ele, pois nos víamos em todo o final de semana, quando me vi sem ele achei que não fosse mais conseguir realizar o trabalho”, comenta.

Carniel superou essa perda voltando aos palcos e seguiu carreira sozinho. Após esse período, ele conta que tentou fazer parcerias com vários outros leiloeiros. “Para fazer leilão todo final de semana, o segredo é ter o apoio da família, pois ocupa todo o seu tempo. Quem é jovem, solteiro, dificilmente se prende nos finais de semana. Hoje quem me ajuda é o amigo Darci, que é meu primo”.

Ele ainda conta aos risos às curiosidades que só o leilão do interior pode proporcionar. Uma das histórias que ele se recorda é sobre um garrafão de vinho que vale cerca de R$ 25,00 e foi leiloado por R$ 3.350,00. “Eram quatro famílias disputando a mesma prenda, fiquei 50 minutos narrando, foi muito cansativo, porém satisfatório, pois eu me empolgava junto com eles e o público adorava toda aquela competitividade”.

Já sobre histórias emocionantes tem uma em especial que ele conta com orgulho. “Uma vez estava fazendo o leilão na festa de São Benedito e uma mulher com um bebê no colo me chamou e contou emocionada que trouxe sua filha da mesma maneira que sua mãe havia lhe trazido há anos atrás, na mesma festa da qual eu estava narrando, fiquei abalado em saber que gerações já passaram pelo palco e lembram-se de mim”.

Mesmo com a menor demanda, ele continua animado com cada leilão e se sente ansioso quando vai se aproximando da data “É uma alegria saber que vou fazer leilão, em cada bairro eu sei que vou reencontrar pessoas que não vejo a muito tempo, então encontrá-las novamente é um sentimento muito gostoso, me dá alegria”, finaliza.

Ao agradecer, Carniel cita sua esposa Regina, sua filha Fernanda e seu filho Felipe pelo apoio e carinho com ele em todos esses anos, e claro, ao seu sogro pelo qual tem um imenso respeito e admiração.

Texto publicado na Revista Fique em Evidência - Edição 83 - Junho/Julho 2018, escrito por Luana Andrade. Fotos: Edson Dias.



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