Taxas futuras de juros sobem com dólar e ajustes à aposta de manutenção da Selic

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Os juros futuros operam em alta nesta terça-feira, 19, em meio às apostas majoritárias em manutenção da taxa Selic pelo Copom, na quarta-feira, 20, e diante do avanço do dólar com a aversão ao risco trazida pelo discurso de guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Internamente, mais cedo, os índices de inflação local seguiram em alta. As segundas prévias de junho do IPC-Fipe (+0,84% ante 0,57% na primeira prévia), e do IGP-M (+1,75% ante 1,20% na segunda prévia de maio) ajudam a apoiar as expectativas pela decisão de juro do Copom, em reunião que começa hoje (10h) e termina na quarta-feira (18h).

Há pouco, os juros futuros mostravam avanço nas taxas curtas e médias após o recuo de segunda-feira em meio à percepção do mercado de que a Selic deve ser mantida em 6,50% amanhã, enquanto os longos dão continuidade à alta da véspera, influenciados pelo dólar forte no exterior e ante o real em meio à tensão comercial entre Estados Unidos e China. O avanço ocorre mesmo com a ofensiva de leilões do BC e do Tesouro.

Nesta segunda, a precificação de manutenção na curva de juro a termo estava em 59% e não mais alta de 0,25 ponto porcentual (41%), ou mesmo de 0,50pp ou 0,75pp como chegou a ser no momento de mais nervosismo dos investidores nas últimas semanas, segundo cálculos da Quantitas Asset.

O mercado acredita na sinalização dada pelo BC de que não deve mexer na taxa básica de juro, mesmo após depois de ter sido surpreendido na última reunião - o presidente do BC, Ilan Goldfajn, deu a entender em entrevista que haveria mais um corte de juro, mas o comitê não mexeu na taxa.

O Tesouro oferta nesta terça-feira até 3 milhões de LTN para compra e até 500 mil para venda (10h30); até 2 milhões de NTN-F para compra e até 300 mil para venda (11h30); e até 1 milhão de NTN-B para compra e até 300 mil para venda (12h30). Já o Banco Central oferta até R$ 10 bilhões em operação compromissada de 9 meses (10h) e até 8.800 contratos de swap (US$ 440 mi) em rolagem de vencimentos de julho (11h30).

Às 9h44 desta terça, o contrato de DI para janeiro de 2020 indicava 8,88%, de 8,80% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 estava a 9,90%, de 9,79% no ajuste de segunda. E o DI para janeiro de 2023 subia a 11,38%, de 11,32% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar á vista subia 0,75% neste mesmo horário, aos R$ 3,7689, enquanto o dólar futuro de julho estava em alta de 0,53%, aos R$ 3,7725.

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