A empresária e analista de sistemas se orgulha de tudo o que construiu até hoje.
Ela está há 17 anos no comércio de varejo, procurando sempre melhorar e expandir dentro do mercado.
1. Como começou a sua história com as lojas?
A loja era da família do meu marido, eu tinha outro emprego na empresa Xereta na área de informática. Quando tive filhos ficou um pouco mais difícil por conta da carga horária muito rígida que eu tinha, então vim trabalhar com ele na loja que era na Rua Bom Jesus em Tietê, já existiam as lojas de Boituva e Tatuí também. As coisas foram caminhando, abrimos em Cerquilho, mudamos a loja para centro de Tietê do lado do Bradesco e colocamos outros produtos porque antes só era vendido jeans por conta da confecção. Colocamos mais roupas feminina, masculina, calçado, infantil e estamos até hoje. Foi crescendo, e começamos a trabalhar com a Hering como fornecedor da loja Dez, com o tempo eles ofereceram a questão do varejo qualificado para abrir aqui em Tietê.
2. Quais foram as suas maiores dificuldades, levando em conta que estamos em uma cidade que ainda está se desenvolvendo?
No início a maior dificuldade foi me habituar ao varejo, conversar com a equipe, o contato com as pessoas é tudo mais humano, mas isso foi evoluindo. Nos dias de hoje a dificuldade é ter a melhor equipe, o melhor produto, a melhor loja e driblar a crise.
3. Vimos que você está sempre se atualizando sobre empreendedorismo, mercado, para você qual a importância desse conhecimento?
O conhecimento é importante para qualquer área, o mundo muda muito rápido. Prezamos muito pelos treinamentos com a equipe, eu participo junto e acho fundamental, faz parte de continuar crescendo e se mantendo nos dias de hoje.
4. Quais características pessoais você leva para as suas empresas?
Eu sou muito organizada, até demais (risos). Gosto que todos os clientes tenham a resposta na hora que eles querem. Não gosto de deixar as coisas para depois, converso com a minha equipe, e digo se você prometeu para o cliente, cumpra. Tudo isso é nossa imagem, assim as pessoas nos olham de maneira positiva, tudo fica melhor, existe um respeito com o funcionário, com a loja e o produto. Na vida pessoal a gente tenta, mas tem uma hora que tem que dar uma relaxada (risos).
5. Você imaginava esse sucesso das suas lojas? A que atribui isso?
Quando eu comecei foi por uma necessidade e com o tempo fui gostando. O varejo parece que entra na veia da gente, eu não sou uma pessoa acomodada fui atrás e busquei, acho que quando a gente tem um foco às coisas acontecem mais rápido. E eu prezo por trabalhar com uma equipe bem treinada, um atendimento bom, pessoas maduras. Mas o sucesso é de todo mundo que faz o trabalho no dia a dia.
6. Qual a sua satisfação em comandar essas empresas? Como é sua rotina?
A minha rotina é pesada, eu fico mais na parte de compras, atendendo representantes, resolvendo situações de equipe, correndo atrás de fornecedores, o meu trabalho é nessa parte estratégica. Eu gosto dessa rotina, eu sou uma pessoa meio acelerada, às vezes cansa mais é gostoso, principalmente quando você vê a satisfação do cliente.
7. O que considera essencial no ambiente de trabalho para que se tenha um ótimo resultado?
A equipe, ela precisa estar sintonizada! Fazemos reuniões para ver o que precisa melhorar, falamos muito em energia dentro do ambiente quando a loja está com a energia boa tudo acontece, o cliente entra mais, a venda é maior, o cliente volta e sai bem da loja, agora quando a energia está pesada nada acontece. Como somos em 36 mulheres (risos), têm as situações de TPM, a maioria tem filhos que mexe muito mais com elas. Mas hoje eu prefiro trabalhar com mulheres, me acostumei no final tudo dá certo.
8. Quem são as pessoas que podemos considerar o seu braço direito nesta administração?
Eu tenho a Cleusa que trabalha com a gente há mais de 20 anos e que é 100% meu braço direito me ajuda na loja, nas compras e a trabalhar com a equipe, uma parte que ela sabe fazer muito bem e eu ainda estou aprendendo. Tem a Dani que fica no escritório, ela é responsável pela chegada de mercadorias, precificação, distribuição e nas lojas tem a Val que me ajuda nas lojas da Hering de Tietê e Cerquilho, em Tatuí tem a Miriam, em Cerquilho tenho a Deity, em Tietê tem a Regiane, em Boituva a Luísa e agora provavelmente vamos ter uma gerente em Cerquilho.
9. Pensando no futuro, o que espera de seus empreendimentos no mercado?
Temos passado anos de crise, mas acredito que esse ano com a troca de governo as coisas irão melhorar. As pessoas estão mais conscientes nos gastos, todo mundo apertou o que tinha. Agora conseguimos caminhar, temos projetos sim a Hering é uma loja que deu super certo é um trabalho gostoso, a Dez é muito conhecida pelas pessoas todo mundo adora, é uma empresa da época do meu sogro, tem todo um amor envolvido nela. Temos um caminho longo com as duas lojas, só correr atrás.
10. Qual a mensagem gostaria de deixar a suas clientes e também a sua equipe?
A minha equipe é a melhor, não tenho dúvidas, tenho funcionárias que posso deixar a loja nas mãos delas, são pessoas treinadas e vestem a camisa junto comigo e eu me sinto privilegiada por isso. E minhas clientes são fantásticas, têm pessoas que vão toda semana, todo dia, mensalmente, já se tornaram amigas. Mulheres que compravam roupa para o filho quando nasceu, agora já compra para ele ir à faculdade, isso não tem preço esse relacionamento é o que nos move, o carinho, o amor é o que nos movimenta.
Texto publicado na Revista Fique em Evidência - Edição 82 - Abril/Maio 2018, escrito por Paula Moraes - Fotos: Edson Dias.
