Bolsas de NY oscilam, mas terminam em baixa, digerindo decisão do Fed

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A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deixou os mercados acionários americanos oscilando entre ganhos e perdas nesta quarta-feira, 21, mas os índices encerraram o pregão no nível negativo após o gráfico de pontos da instituição elevar as projeções para os juros nos próximos anos.

O índice Dow Jones encerrou com perda de 0,18%, aos 24.682,31 pontos; o S&P 500 caiu 0,18%, aos 2.711,93 pontos; e o Nasdaq recuou 0,26%, aos 7.345,29 pontos.

A decisão do banco central dos Estados Unidos de elevar a taxa dos Fed funds em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 1,50% e 1,75%, já estava precificada nos mercados. O olhar dos agentes estava no gráfico de pontos, onde os dirigentes do Federal Reserve mostraram incerteza quanto ao ritmo de aperto em 2018, com a maioria dividida entre três ou quatro elevações. No próximo ano, no entanto, o Fed já prevê três altas da taxa, mostrando um avanço em relação à reunião anterior, quando o banco central acreditava em duas subidas nos juros.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, demonstrou preocupação quanto a ações comerciais futuras, mas disse que vê as vulnerabilidades financeiras como moderadas e que não há definição sobre se a política comercial americana influencia a atuação da política monetária. Esses comentários fizeram com que as bolsas de Nova York oscilassem entre ganhos e perdas, mas a questão comercial e a disposição de mais elevações nos juros no longo prazo pesaram nas ações nos EUA.

No início do dia, os índices acionários foram apoiados pelo representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, que disse a congressistas que vários aliados e parceiros comerciais de Washington não devem enfrentar tarifas de aço e de alumínio até que as negociações sobre possíveis isenções terminem no próximo mês. Além disso, líderes do Congresso teriam chegado a um acordo para manter o governo de Donald Trump operante, sem a necessidade de uma nova paralisação. "Embora haja muitas preocupações, o fato de o mercado continuar a resistir sugere que isso não será o que inviabiliza a recuperação", disse o diretor financeiro da Commonwealth Financial Network, Brad McMillan.

Próximo do fim do pregão, o executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu desculpas formalmente pelos erros cometidos em relação ao escândalo da Cambridge Analytica, o que deu suporte às ações da empresa, que fecharam em alta de 0,74%.

O setor de energia também se destacou, com o subíndice de energia do S&P 500 encerrando em alta de 2,63%, com o forte avanço nos preços do petróleo. A Chevron subiu 2,22% e a ExxonMobil ganhou 1,42%.

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