Mesmo com exterior ruim, juros fecham de lado com investidor à espera do Copom

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Os juros futuros fecharam a sessão desta segunda-feira, 19, de lado, com viés de baixa nos contratos de curtíssimo prazo, comportamento que marcou os negócios durante todo o dia, dada a expectativa pela mensagem do comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira e, assim, nem o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) nem as alterações da pesquisa Focus foram capazes de mexer com os preços. Enquanto isso, nos demais ativos domésticos, prevalece a cautela inspirada pelo exterior, que penaliza as bolsas e ativos de economias emergentes, como o real.

A sessão regular foi encerrada com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 em 6,465%, de 6,474% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 em 7,36%, estável. A taxa do DI para janeiro de 2021 passou de 8,21% para 8,23% e a do DI para janeiro de 2023, de 9,08% para 9,09%.

Apesar da pouca oscilação das taxas nesta segunda, o estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimento, Rafael Bevilacqua, vê de forma positiva o desempenho desta segunda do mercado de juros. "Temos Bolsa e câmbio hoje sendo 'amassados' pelo exterior, mas os juros estão parados. O spread das taxas segue altíssimo, com muito prêmio, e o mercado ainda tem bastante a andar em função dos fundamentos", disse.

Sobre o Copom, o mercado dá como certa a redução da Selic em 0,25 ponto porcentual na reunião da quarta-feira, para 6,50%, e, embora a percepção majoritária seja a de que esta será a última queda do atual ciclo, trabalha com o cenário de que os diretores não fecharão completamente as portas para mais uma redução a depender do desempenho da inflação.

Nos demais ativos, às 16h30, o Ibovespa tinha perda de 1,15%, aos 83.912 pontos, e o dólar à vista subia 0,29%, aos R$ 3,2875. Em Nova York, Dow Jones recuava 1,63% e S&P 500, -1,77%.

Além da persistência das preocupações com as medidas protecionistas do governo Trump e da cautela com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, pesa adicionalmente sobre os ativos a notícia de que legisladores britânicos e americanos questionaram o Facebook por não fornecer mais informações sobre como a companhia Cambridge Analytica teve acesso a dados de milhões de membros da rede social durante a campanha presidencial dos EUA em 2016.

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