Jurados começam a decidir futuro de Marin e outros ex-dirigentes em corte nos EUA

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Começaram nesta manhã as deliberações dos 12 jurados que decidirão se José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é inocente ou culpado de sete acusações de atuar num esquema internacional de conspiração e corrupção no mundo do futebol, sendo três delas relativas a lavagem de dinheiro, como apontou o promotor Samuel Nitze, que representa o governo dos Estados Unidos. Este é o "Caso Fifa" que também julgará Juan Angel Napout, ex-vice-presidente da entidade, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol.

Não há previsão sobre quando o julgamento será encerrado. Vários advogados de defesa de Napout, Marin e Burga apontam que pode demorar algumas horas ou diversos dias. Mas há uma expectativa deles de que o veredicto para cada acusado possa ser proferido em cerca de uma semana.

As deliberações dos jurados começaram por volta das 10 horas. Antes, a juíza Pamela Chen os convocou para esclarecer que suas decisões precisam ter como base informações, testemunhos, documentos, fotografias apresentadas no tribunal. "Por favor, não façam pesquisas independentes", disse, referindo-se a não realizarem buscas de dados na internet. "Os trabalhos do júri só podem ocorrem quando todos estiverem na sala onde vocês estarão reunidos. Não conversem sobre o caso fora daquele local", recomendou. "Vocês também terão acesso a computador, com senha exclusiva, e projetor para poderem verificar documentos eletrônicos."

Minutos depois, os jurados enviaram à Juíza Pamela Chen algumas solicitações por escrito. Pediram as transcrições dos depoimentos de sete pessoas: Manuel Burga; J. Hawilla, ex-presidente da Traffic; Alejandro Buzarco, ex-proprietário da Torneos y Competências, e Steve Berrman, líder da equipe de investigadores que atuaram no caso pelo IRS, equivalente nos EUA à Receita Federal no Brasil.

Também foram pedidas as transcrições dos depoimentos de Luiz Bedoya, ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol; Eládio Rodriguez, funcionário da TyC, e Santiago Peña, ex-funcionário da empresa Full Play. Além disso, os jurados solicitaram canetas marcadoras de texto e papéis coloridos para destacar páginas.

Em seguida, a juíza convocou novamente os jurados para perguntar se preferiam que as transcrições fossem enviadas assim que cada uma estiver pronta ou de uma única vez, o que demoraria mais tempo. Eles saíram do tribunal sem dar entrevistas, e através de nova nota por escrito, afirmaram que a primeira opção seria a melhor.

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