Jazz nos Fundos comemora 11 anos com shows de 'tubarões'

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São onze anos apostando em algo que poucos empresários da noite tiveram coragem de investir por muito tempo. O Jazz nos Fundos, um dos raros endereços que oferece 100% de sua programação ao jazz e à música instrumental, tirou esta semana para celebrar a resistência de uma cena que só cresce em material humano. Hoje e amanhã serão os dois últimos dias de uma sequência que levou nomes de respeito aos palcos da casa de Pinheiros. As apresentações desta sexta serão da cantora Marina de La Riva (22h) e do pianista cubano Pepe Cisneros (24h). Sábado (11), haverá, às 21h, Hamilton de Holanda e Amigos (um timaço que inclui o gaitista Gabriel Grossi, o guitarrista Daniel Santiago, o baixista Thiago Espírito Santo e o baterista Edu Ribeiro) e, às 24h, o baixista Arismar do Espírito Santo.

Um dos proprietários do Jazz nos Fundos é Maximo Levy, artista plástico argentino crescido na Espanha. Ele faz um retrospecto dos onze anos em que sedimentou duas casas (além do Jazz nos Fundos, o Jazz B, em Santa Cecília). "Posso dizer que foram três fases. A primeira, foi da diversão. A segunda foi quando começamos a amadurecer e abrimos o Jazz B, para que fosse o clube do jazz, ao contrário das baladas do Jazz nos Fundos. Agora, de três anos para cá, estamos na parte da profissionalização da cozinha."

Ele diz que o reconhecimento do músico é algo importante para que a casa siga funcionando. "Eles se tornam nossos parceiros. Não conseguiríamos pagar os cachês do Sesc, mas eles tocam aqui porque conseguimos manter o circuito." Por suas contas, são contabilizados, nas duas casas, uma média de 65 shows por mês feitos por 300 músicos.

A música instrumental, conforme atestam os trabalhos novos que chegam às mãos de jornalistas e programadores todos os meses, vive um momento de efervescência que não se via há pelos menos duas décadas. O cenário de casas de clubes de jazz, no entanto, não é suficiente para abrigar nem metade da população de músicos prontos para o palco. Max diz que já foi pior. "Quando cheguei, há dez anos, havia três casas. Hoje ainda não existe exatamente uma cena, mas já se sente a diferença." Das novas casas do ramo, ainda que não se dediquem com exclusividade ao instrumental, estão Tupi or not Tupi, na Vila Madalena; e a Casa de Francisca, no Centro. O Blue Note, que abriu a primeira filial no Brasil este ano, no Rio de Janeiro, já anunciou que desembarca em 2018 em São Paulo, em local ainda não definido (há informações de que será em um shopping de luxo na zona sul).

O Jazz nos Fundos, hoje com dois ambientes, trouxe também o conceito dos dois shows por noite, muito comum em Nova York. "Deu muito trabalho no começo, mas conseguimos equalizar isso", diz Max. Das noites especiais que guarda na memória, estão a canja surpreendente de Cesar Camargo Mariano em uma noite do Jazz B e, no Jazz, uma passagem hilária do baterista cubano Dafnis Prietto.

"Bem no início da casa, a polícia foi chamada por causa do barulho. Dafnis estavam tocando alto e, quando o (também baterista) Cuca Teixeira conseguiu avisá-lo, ele colocou o volume lá embaixo na hora. Foi incrível."

Jazz nos Fundos Hoje: Marina de La Riva (21h) e Pepe C. (24h). Sexta (11): Hamilton de Holanda (21h) e Arismar do E.S. (24h). Cardeal Arcoverde, 742. De R$ 40 a R$ 100


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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