Alckmin diz que não foi consultado sobre destituição de Tasso

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O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se posicionou contra a destituição do senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB. Em nota, Alckmin disse que não foi consultado pelo presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), sobre a decisão. "Se eu fosse (consultado), teria sido contra, porque isso não contribui para a união do partido", afirmou o governador em posicionamento divulgado por sua assessoria de imprensa.

Nesta quinta-feira, 9, Aécio anunciou a saída de Jereissati do comando interino da sigla e indiciou como substituto o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é o mais velho entre os vice-presidentes da sigla. Segundo o senador mineiro, ele consultou "vários setores" do partido.

"Nos meus quase 30 anos de militância no PSDB sempre agi pela unidade do partido, isso é incontestável, e sempre com enorme responsabilidade. A mesma responsabilidade que me fez indicar o senador Tasso Jereissati para cumprir adequadamente essa interinidade, como ele cumpriu, me fez, agora, nomear o ex-governador Alberto Goldman", defendeu Aécio à jornalistas.

A decisão do senador mineiro ocorre um dia após Jereissati oficializar que vai disputar a presidência do PSDB. Aécio declarou que a candidatura do cearense é "legítima", mas, como há outro candidato na disputa, o governador Marconi Perillo (GO), é "natural que seja garantida a isonomia" do processo.

Além disso, ele afirmou que quer o debate sobre a presidência do PSDB se dê "em alto nível", porém sem tirar o foco das reformas estruturais defendidas pelo presidente Michel Temer. "É preciso discutir aquilo que interessa ao País. Me preocupa o PSDB sair da agenda ou da vanguarda das grandes reformas que precisam ocorrer para se limitar a uma disputa interna", declarou.

Enquanto o grupo de Aécio defende a permanência da sigla na base do governo, o grupo de Jereissati quer o desembarque até o final do ano. Em conversas reservadas, esta semana, o presidente licenciado do PSDB avaliou que os parlamentares contrários ao governo Temer, os chamados "cabeças pretas", também querem inviabilizar as reformas da atual gestão, como a da Previdência.

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