Dólar sobe com otimismo por reforma tributária nos EUA

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A perspectiva de que a reforma tributária nos EUA poderá ser aprovada animou os investidores mundo afora nesta sexta-feira, 20, uma vez que impulsionaria a economia dos EUA, assim como a inflação, ocasionando em um aumento na taxa de juros do país mais rapidamente. Diante disso, o dólar subiu de forma generalizada e, por aqui, não foi diferente. O real, no entanto, foi a moeda menos penalizada em relação a suas pares, uma vez que o aumento do fluxo cambial e um cenário econômico interno melhor limitaram a valorização da divisa americana.

O otimismo com a possibilidade de aprovação do plano tributário aumentou depois que o Senado americano, controlado pelo Partido Republicano, aprovou ontem à noite por 51 votos a 49 o Orçamento para o próximo ano fiscal. Com o aval do Senado, Trump precisará apenas de maioria simples na Câmara dos Representantes para aprovar seu plano tributário, que prevê redução de impostos para empresas e para a faixa mais alta de renda de pessoas físicas.

Com tributos mais baixos, a expectativa é que tanto a economia quanto a inflação ganhem tração, impulsionando assim o gradualismo dos aumentos de juros. Tal percepção fechou uma semana que foi totalmente voltada a especulações sobre qual será o nome que o presidente dos EUA, Donald Trump, deverá escolher para dirigir o Federal Reserve (Fed) no próximo ano.

"Hoje estamos totalmente atrelados ao exterior. A reforma tributária é boa para as empresas no ponto de vista dos resultados, porém deverá estimular a economia e a inflação, o que demanda elevação de juros", disse o diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas, Rogério Braga.

Embora a moeda americana tenha avançado, o real foi a moeda emergente e ligada a commodity que menos sofreu, com exceção da rupia indiana. De acordo com profissionais do mercado, isso aconteceu devido a dois fatores específicos: expectativa de fluxo cambial diante das emissões de empresas no exterior e melhor perspectiva econômica.

"Além da expectativa do fluxo de emissões das empresas, temos dinheiro entrando e devemos ter na semana que vem entrada líquida ainda maior por causa do leilão do pré-sal", disse o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti. No total, dez empresas foram habilitadas para a 2ª Rodada e 14 para a 3ª Rodada de leilão do pré-sal, que acontecerão no próximo dia 27.

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,43%, aos R$ 3,1898. O giro financeiro somou US$ 944 milhões. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1719 (-0,13%) e na máxima, R$ 3,1946 (+0,58%). Na semana, o dólar acumulou alta de 1,29%.

No mercado futuro, o dólar para novembro subiu 0,79%, aos R$ 3,1970. O giro financeiro somou US$ 17,05 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1765 (+0,14%) a R$ 3,2025 (+0,96%). No acumulado da semana, o dólar futuro avançou 1,40%

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