Juros sobem por cautela inflacionária, após avanço do IPCA no Focus

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As taxas dos juros futuros abriram em alta, com ênfase na ponta mais longa, diante da perspectiva de avanço inflacionário, principalmente após o boletim Focus do Banco Central apresentar uma nova rodada de avanço para o IPCA neste ano e nos posteriores. Nesse contexto, preocupam as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada no sentido de mudar, para cima, a meta de inflação. Os agentes aguardam a divulgação do IPCA-15 amanhã.

Às 9h09, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 12,90%, de 12,80%, e o para janeiro de 2025 ia para 12,86%, de 12,77% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2024 marcava 13,57%, de 13,50%.

Mais cedo, o Banco Central divulgou a pesquisa Focus na qual as expectativas para o IPCA tiveram alta. Para este ano, a projeção avançou de 5,39% na semana passada para 5,48%. E, para 2024, subiu de 3,70% para 3,84%. Na projeção suavizada 12 meses à frente passou de 5,36% para 5,42%.

No radar, está a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Argentina. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil da nação vizinha em meio à motivação de recuperar a imagem do País lá fora ao longo do mandato. Nas reuniões bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

No exterior, há instantes, os juros dos Treasuries exibiam comportamento misto, com viés de alta na ponta longa e baixa, na curta, após subirem nas duas sessões anteriores na esteira de dados econômicos e de comentários de dirigentes do Fed confirmando expectativas por contínuo aperto monetário nos Estados Unidos, ainda que em ritmo mais brando.

Por aqui, na sexta-feira, os juros futuros encerraram em alta, principalmente nos vencimentos de longo prazo e com ganho de inclinação na curva na semana, que foi marcada pela piora na percepção de ingerência política no trabalho do Banco Central. As taxas longas subiram mais de 20 pontos-base ante os ajustes da sessão anterior, e entre 60 e 70 pontos na semana.

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