Dólar pode ser guiado por exterior moderado, mas novos atos golpistas são risco

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O real encontrou espaço para seguir se valorizando na abertura dos negócios desta quarta-feira espelhando o ambiente externo cujos ativos indicam tom moderado de oscilação em dia de agenda fraca por lá. Pouco depois das 9h, o dólar desceu à mínima de R$ 5,1940, em baixa de 0,15% no segmento à vista. No entanto, ficam no contraponto negativo, as novas ameaças de atos antidemocráticos detectadas em mensagens que anunciam "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder" para hoje em todo o País.

No plano econômico, atenção dos investidores voltada para a sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a volta da cobrança dos tributos sobre combustíveis a partir de março. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha com essa medida para reforçar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas em 2023. O anúncio do pacote está previsto para esta semana, na quinta ou sexta-feira.

De acordo com análise da LCA, a Carta Aberta do presidente do Banco Central ao Ministro da Fazenda, divulgada ontem à noite, foi apenas uma justificação pelo fato de a inflação ter superado o limite superior do intervalo de tolerância da meta de inflação. Tanto as projeções de IPCA, como as sinalizações de política monetária já estão precificados, pois constavam em documentos anteriores do Copom.

Ontem o dólar à vista recuou 1,06%, a R$ 5,2020, a menor cotação no fechamento desde 23 de dezembro (R$ 5,1662), refletindo a melhora no exterior após fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, a alta das commodities e, ainda, a reação dos três Poderes ante os atos de domingo,8. Para hoje, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro Alexandre de Moraes que adote medidas imediatas para impedir novos atos.

No exterior, o dólar operava com leves ganhos - com o índice DXY avançando 0,11%, aos 103,351 pontos - e commodities têm nova alta, com o minério de ferro se consolidando acima dos US$ 120 e o avanço do petróleo.

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