Kamasi Washington vem a São Paulo para mostrar o novo jazz

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Kamasi Washington não é só jazzista por ser filho de outro jazzista. Pela música, ele se liberou da realidade de Inglewood, cidade próxima de Los Angeles que tinha altíssimos índices na taxa de homicídios - uma das maiores dos Estados Unidos naquele início dos anos 1990. Foi o jazz que colocou o garoto sempre alto para a idade distante das guerras entre gangues que tomavam as ruas de seu bairro.

Seria difícil, de qualquer forma, que Kamasi saísse dos trilhos do jazz. Filho de Rickey Washington, produtor e músico de estúdios dos bons, o saxofonista foi doutrinado com o que havia de melhor no gênero. E Rickey sempre se fez presente. Até o nascimento do filho, em 1981, ele era uma estrela em ascensão. Depois, decidiu largar a vida da estrada para dar ao filho o que o próprio pai faltou com ele. Deixou os estúdios e assumiu-se como professor de música.

"O jazz sempre esteve comigo, desde muito pequeno", explica Kamasi, ao relembrar o passado. Aos 11 anos, ele já sabia ler partituras e tocava, no clarinete, Sleeping Dancer Sleep On, de Wayne Shorter. Aos 36, ele é a principal atração de Nublu Jazz Festival, iniciado nesta quinta-feira, 6, e que segue até domingo, 9, no Sesc Pompeia. Kamasi e sua banda se apresentam em duas noites, sábado, 8, e domingo, 9. Ambas estão com ingressos esgotados.

Depois de duas passagens pelo País como integrante da banda que acompanhava o baixista Stanley Clarke, ele retorna como uma das principais figuras do novo jazz surgido na costa oeste dos Estados Unidos - e maiores também, com seus imponentes 1,92 m de altura. O músico já havia participado de discos e turnês de Snoop Dogg, Ryan Adams, We Are Scientists, Quincy Jones, quando foi convocado para participar de To Pimp a Butterfly, álbum do rapper Kendrick Lamar, de 2015, que colocou fogo nas barreiras do jazz ao fundi-lo com o hip-hop. Dois meses depois desse disco, Kamasi soltou seu petardo: The Epic, um disco triplo, com 17 músicas e duas horas e 53 minutos de duração (a cantora brasileira Thalma de Freitas participa dos vocais de algumas canções). Mesmo tão antipop, principalmente pelo tempo que se leva para ouvir The Epic do começo ao fim, o disco figurou na lista dos melhores do ano. E provou que Kamasi Washington não virou jazzista por acaso. Estava destinado a isso.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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