Dólar sobe com temor de recessão global em meio à PIM e fiscal no radar

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O dólar opera em alta no mercado local e no exterior na volta do feriado americano, em meio à cautela com uma recessão nos EUA e no mundo e preocupações fiscais internas.

Os investidores precificam os dados fracos de atividade na Europa divulgados mais cedo em cenário de inflação ao consumidor recorde na zona do euro em junho, que reforça o temor de recessão em meio expectativas de um postura firme do Banco Central Europeu (BCE).

Nesse contexto, por enquanto, os PMIs positivos vindos da China apenas ajudam a conter as perdas das moedas emergentes e ligadas a commodities ante o dólar. O petróleo opera sem direção única e o minério de ferro subiu 2,81% em Qingdao, na China, cotado a US$ 112,98 a tonelada.

Aqui, persiste o desconforto com a cena fiscal. Os investidores seguem atentos à tramitação da PEC dos Benefícios na Câmara, em especial sobre o que vai decidir o relator, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), a respeito da possibilidade de inclusão de auxílio a motoristas de aplicativo e eventual retirada da decretação de estado de emergência do texto. Além disso, os desdobramentos da reunião ministerial serão monitorados mais tarde.

Mas, os dados de produção industrial brasileira vieram fracos. A produção industrial no País subiu 0,3% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana (0,5%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,5% a alta de 1,6%. Em relação a maio de 2021, a produção interna subiu 0,5%, abaixo também da mediana positiva de 0,7% e dentro do intervalo (-1,1% a +2,7%). No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 2,6%. Em 12 meses, a produção acumula recuo de 1,9%.

Às 9h39, o dólar à vista subia 0,69%, a R$ 5,3625. O dólar para agosto ganhava 0,55%, a R$ 5,4025.

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