Para Maia, 'Ciro tem condições de liderar projeto de Centro'

Notícia
Espaço entre linhas+- ATamanho da letra+- Imprimir




Um dos principais líderes das negociações para organizar uma candidatura presidencial de centro, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ao Estadão que Ciro Gomes (PDT) "tem condições de liderar esse projeto".

Apesar de ter um perfil mais alinhado com a esquerda, Ciro tem se aproximado cada vez mais do grupo que tenta construir uma opção eleitoral para 2022 como alternativa a Jair Bolsonaro e a Luiz Inácio Lula da Silva. Ele, inclusive, foi um dos seis presidenciáveis signatários do manifesto pró-democracia e que incluiu também os governadores tucanos João Doria e Eduardo Leite, o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e João Amoêdo (Novo). O documento foi visto como o primeiro movimento do grupo em busca da formação de uma candidatura consensual de Centro.

"Acho que ele tem condições de liderar esse projeto de Centro", reconheceu Maia. Para o deputado, o ex-governador do Ceará se tornou uma alternativa real entre as opções que estão sendo discutidas pelos participantes dessa discussão. "Acho que as pessoas começam a pensar na hipótese", acrescentou.

Na eleição de 2018, Maia já defendia que seu partido, o DEM, apoiasse Ciro para a Presidência. Acabou sendo voto vencido e o DEM se aliou ao tucano Geraldo Alckmin, que não decolou - Ciro terminou em terceiro. Agora, o fato de o ex-governador ter um perfil bem mais à esquerda que os demais nomes ainda se torna um complicador para que seu nome seja escolhido. Por outro lado, Ciro tem aparecido em vantagem em relação às outras opções nas pesquisas de intenção de voto.

Na noite desta terça-feira, 6, Ciro e Maia participaram de uma live organizada pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, na qual discutiram as principais questões nacionais. E ambos criticaram fortemente a atuação de Bolsonaro.

"Bolsonaro tem a personalidade dos covardes", disparou Ciro. "Se ele sentir que o antagonismo a ele é frouxo, ele avança. Se sentir que o antagonismo é forte, ele recua. E recua de forma covarde e vergonhosa como está fazendo agora", afirmou.

Notícia