Saída de Flynn não foi problema legal, foi por questão de confiança, diz Spicer

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O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta terça-feira que a saída do assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Michael Flynn, não ocorreu por um problema legal, mas por uma questão de perda de confiança no funcionário pelo presidente Donald Trump. "A situação de Flynn ficou insustentável", afirmou Spicer.

O porta-voz foi bastante questionado pelos jornalistas sobre o tema. Flynn pediu demissão, a pedido de Trump, após versões conflitantes sobre seus contatos com o embaixador da Rússia nos EUA, Sergey Kislyak. Inicialmente, Flynn insistiu que não comentou as sanções contra a Rússia nessas conversas, mas depois admitiu que havia tratado do tema. O assessor, portanto, passou informações erradas para outros membros do governo, entre eles o vice-presidente Mike Pence, o que levou à saída de Flynn, um general da reserva do Exército americano. O governo americano disse que Trump buscará um substituto para o posto, sem se comprometer com datas para indicá-lo.

Spicer afirmou que Trump não orientou Flynn a discutir as sanções com autoridades da Rússia. Além disso, disse que não houve uma mudança na estratégia americana em relação às sanções contra o país. Segundo o porta-voz, Trump pretende ter uma boa relação com a Rússia, embora não tenha realizado mudanças nas sanções. Questionado sobre a possibilidade de alterações, o porta-voz disse que Trump não quer telegrafar seus futuros movimentos, para manter as opções em aberto.

Na coletiva, Spicer disse que o vazamento de informações de segurança nacional é uma preocupação para Trump e lembrou que isso ocorreu também em vários outros governos. Spicer disse que Trump deseja acabar com esses vazamentos, sem dar detalhes de como pretende conseguir isso.

O porta-voz informou que Trump teve novo contato por telefone hoje com a premiê do Reino Unido, Theresa May, que já visitou o presidente em Washington após sua posse. Spicer também disse que Trump "está feliz" em receber amanhã o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Trump buscará um acordo para encerrar o conflito entre israelenses e palestinos, disse Spicer, além de tratar outras questões de segurança com Netanyahu.

Spicer ainda comentou que Trump assinará ainda hoje um decreto que reverte parte da lei de regulação financeira Dodd-Frank. O presidente tem defendido que reduzirá as regulações em geral no país, com o argumento de que elas engessam a economia. Por outro lado, há o temor da oposição democrata de que isso possa gerar desequilíbrios futuros e eventuais crises.

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