Aliado de Trump ofereceu acordo a Assange, diz advogada

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Jennifer Robinson, advogada de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, afirmou ontem em um tribunal de Londres que presenciou uma oferta feita ao seu cliente pelo então deputado republicano Dana Rohrabacher, aliado do presidente americano, Donald Trump. Em troca de informações que beneficiariam politicamente o presidente, Assange poderia ficar livre de ações judiciais nos EUA.

O encontro, segundo a advogada, teria ocorrido em 2017, na Embaixada do Equador em Londres. Assange, de 49 anos, enfrenta um processo de extradição para os EUA, onde é acusado de conspirar para invadir computadores do governo e violar uma lei de espionagem sobre a divulgação de comunicação confidencial, o que foi feito pelo WikiLeaks em 2010 e 2011.

De acordo com Jennifer, Rohrabacher e um assistente se ofereceram para providenciar um perdão para Assange em troca de informações sobre a invasão dos servidores do Partido Democrata, antes da eleição de 2016. Durante a campanha, o WikiLeaks divulgou e-mails do Comitê Nacional Democrata, o que prejudicou Hillary Clinton.

A proposta de Rohrabacher, segundo a advogada, era que Assange identificasse a fonte que enviou os e-mails ao WikiLeaks em troca de alguma forma de perdão judicial. "Eles afirmaram que Trump estava ciente. Ele tinha aprovado sua vinda para se encontrar com Assange e discutir uma proposta. Eles teriam uma audiência com o presidente para discutir o assunto na volta a Washington", afirmou Jennifer, sob juramento.

A alegação não chega a ser novidade. A equipe jurídica de Assange já havia declarado, em fevereiro, que Rohrabacher de fato fez a proposta. Na época, a Casa Branca respondeu que se tratava de "uma mentira total".

O deputado republicano garante que não falou com Trump sobre Assange e negou ter sido enviado em nome do presidente - ele esteve em Londres, mas estaria agindo por conta própria ao oferecer um acordo. (Com agências internacionais)

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