O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, lamentou as mortes pelo novo coronavírus e, no dia em que o País atingiu 100 mil óbitos por covid-19, voltou a defender o início imediato de tratamento, mesmo com a ausência de um medicamento com eficácia comprovada cientificamente.
Em menos de seis meses, o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos por coronavírus. O País contabiliza neste sábado à tarde, 8, um total de 100.240 mortes, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. Se o País fizesse 1 minuto de silêncio em homenagem a cada vítima, teria de passar 70 dias calado.
"O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia da covid-19. Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social", diz nota da pasta distribuída à imprensa neste sábado, 8, sem mencionar o número de óbitos.
Na manifestação, o ministro voltou a defender o que classifica como "conduta precoce" no combate à covid-19, que na prática envolve a prescrição de medicamentos sem a eficácia comprovada cientificamente. "A ida ao médico, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, com a prescrição do medicamento mais adequado a cada caso, é o que pode sim fazer a diferença."
Assim como fez o presidente Jair Bolsonaro, Pazuello deu destaque para o número de pacientes recuperados - "mais de dois milhões de brasileiros curados" - mas não fez menção direta aos dados de mortes no País. "O ministro agradece o empenho, dedicação e altruísmo dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à covid-19 com o firme propósito de salvar vidas."
Conforme o Estadão antecipou, Pazuello cobrou da equipe técnica da pasta uma mudança na divulgação das informações sobre a doença. O ministro interino pediu que seus assessores separem as informações por regiões do País todas as "santas vezes" que falarem sobre os números da doença. A intenção de Pazuello é evitar que Estados e municípios com menos registros de casos novos tomem medidas drásticas considerando o cenário nacional.
Neste sábado, 8, quando o País completa 84 dias sem ministro da saúde e atinge a marca de 100 mil mortes por covid-19, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto oficial em homenagem às vítimas que perderam a vida pela covid-19 no País.
Abaixo, a nota do Ministério da Saúde na íntegra:
"O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia da Covid-19. Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social. O Ministério da Saúde permanece trabalhando 24 horas por dia em parceria com estados e municípios para garantir que não faltem recursos, leitos, medicamentos e apoio às equipes de saúde.
Pazuello reitera que, a qualquer sinal ou sintoma da doença, as pessoas procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. A ida ao médico, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, com a prescrição do medicamento mais adequado a cada caso, é o que pode sim fazer a diferença.
O ministro agradece o empenho, dedicação e altruísmo dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 com o firme propósito de salvar vidas.
O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em número de pacientes recuperados, registrando mais de dois milhões de brasileiros curados."
Caso de brasileiras presas faz MPF apurar falha de segurança no Aeroporto de Guarulhos
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil para apurar possíveis falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo...