Bolsonaro brinca com a possibilidade de Moro ocupar Presidência em 2027

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O presidente Jair Bolsonaro fez uma brincadeira com a possibilidade de o ministro da Justiça, Sergio Moro, ocupar o seu cargo em 2027 - ano que marcaria o fim de um possível segundo mandato presidencial. O comentário foi feito durante um evento com crianças venezuelanas que fazem parte da Operação Acolhida, no Palácio do Planalto.

"E a partir de 2027, quem assume aqui no Brasil? Quem assume?", questionou Bolsonaro, enquanto apontava com um dos dedos para trás, mas sem olhar. Diretamente atrás dele, estava o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e, ao seu lado, o ministro da Justiça, Sergio Moro. Toda a cena foi filmada durante transmissão ao vivo em redes sociais.

Sem querer, Bolsonaro acabou apontando para Heleno, gerando reação de surpresa do ministro. "Eu?", questionou o general da reserva, o que provocou muitas risadas entre os presentes. Em seguida, o presidente se virou para o ministro da Justiça e brincou: "perdeu, Moro". A fala gerou novas gargalhadas.

Bolsonaro fez o comentário em resposta ao presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, pelo deslocamento das crianças venezuelanas. Rodgerson disse que a empresa "acredita muito" em Bolsonaro. Após as brincadeiras do presidente, Moro reagiu dizendo que espera que seja criada uma linha da companhia entre Brasília e Curitiba, sua cidade, até 2027. "Espero que até lá tenha passagem", declarou.

Resistência

O presidente destacou ainda a resistência que o governo enfrenta para administrar o País. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente fez críticas anticomunistas e criticou o governo de Cuba, Venezuela e Argentina.

"O Brasil conseguiu quase que por um milagre mudar o seu governo, mas não fácil manter a linha que queremos com tanta oposição", disse Bolsonaro.

O País estava "destruído", segundo Bolsonaro, quando assumiu o cargo de chefe do Executivo. O presidente ressaltou também que as crianças venezuelanas migraram para o Brasil fugindo "da fome, da miséria da e da perseguição política". "O Brasil estava caminhando para isso", afirmou.

"Não quero meus netos saindo do Brasil por causa de um regime que porventura caso volte para cá, nós temos de conscientizar. Realmente lá atrás, os últimos presidentes gostavam muito de pobre, estavam transformando (o País) em um Brasil de pobres", disse.

O presidente aproveitou para citar o novo valor do salário mínimo, de R$ 1.045, anunciado nesta semana pelo governo. "É pouco. Mas é o que nós podemos dar no momento", comentou.

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