Taxas futuras de juros fecham com direções distintas

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Os juros no mercado futuro encerraram a sessão regular desta terça-feira, 17, com direções divergentes, mas perto dos ajustes da segunda-feira, 16. Houve influência do dólar e dos Treasuries em vencimentos mais distantes, e de correções e da ata considerada menos "dovish" que o esperado em vencimentos mais próximos.

As taxas dos contratos curtos e intermediários fecharam com leve viés de alta, enquanto os juros mais longos registraram viés de baixa - ainda que mais moderado que o observado na maior parte do turno da manhã.

Assim, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 fechou a 11,035% ante 11,025% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2019 fechou a 10,50% ante 10,48% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 fechou a 10,75% ante 10,76% no ajuste da segunda.

Segundo um operador, o viés de alta nos DIs mais próximos deve-se a um ajuste nas carteiras pelo investidor que supunha um Banco Central (BC) mais "dovish" do que a ata, divulgada pela manhã, acabou revelando. O documento confirmou a percepção da maior parte do mercado de um corte de 0,75 ponto porcentual na reunião de fevereiro, mas não trouxe elementos elucidativos sobre qual a intenção do Copom para as reuniões de abril em diante. Depois da reunião do próximo mês, há muita incerteza tanto sobre a economia doméstica quanto a respeito do cenário internacional - nesse caso, há dúvidas sobre os efeitos de Donald Trump como presidente dos EUA.

"Ilan disse claramente que tem outras condições para o BC continuar num ciclo de baixa por mais tempo", acrescentou o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Nepomuceno, em referência a entrevista exclusiva do presidente do BC ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado). Ilan disse que "as reformas, principalmente fiscais, são cruciais para taxa de juros de equilíbrio". Ainda, que "a comunicação do BC é condicional e assim deve ser entendida". "(Nós nos) reservamos o direito de mudar se as coisas mudarem", afirmou Ilan.

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