Incerteza política é marca do encontro na Suíça este ano

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A ênfase na incerteza política deve ser uma das marcas da reunião do Fórum Econômico Mundial, a partir desta terça-feira, 17. Durante anos, desde o início da crise global em 2008, a incerteza econômica foi o pano de fundo e um dos temas centrais dos debates, além das grandes questões de longo prazo, como o ambiente, os avanços da medicina, as mudanças tecnológicas e as transformações do sistema produtivo.

As consequências políticas e econômicas da eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, devem ser uma referência frequente, assim como o complicado divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia.

O financista Anthonio Scaramucci, da equipe de transição do presidente Trump, deve falar nesta terça sobre as perspectivas para os Estados Unidos. Cotado para integrar o time do novo presidente, ele é apontado como uma da pessoas mais qualificadas para discorrer sobre a mudança de orientação na Casa Branca.

O secretário de Estado de Obama, John Kerry, veterano frequentador do fórum, está escalado para tratar, horas mais tarde, das condições atuais da diplomacia. Deve ficar claro o contraste entre a concepção de política internacional vigente no governo americano até hoje e a do novo governo.

Na quarta-feira o vice-presidente Joe Biden deve fazer um pronunciamento especial, numa sessão apresentada pelo presidente e fundador do fórum, Klaus Schwab.

Na quinta-feira a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May falará, também numa sessão especial apresentada por Klaus Schwab, sobre as perspectivas da economia britânica a partir do Brexit, a decisão de abandonar o bloco europeu. Apesar das incertezas sobre a negociação das condições de retirada, o Reino Unido ainda poderá desfrutar neste ano de uma sólida expansão econômica de 1,5%, de acordo com as novas projeções do Fundo Monetário Internacional.

Nesse quadro de incertezas políticas, o pronunciamento do presidente chinês Xi Jinping, na manhã de terça, poderá ser contemplado como um raro sinal de estabilidade num mundo tomado pela incerteza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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