Trump rebate CIA e diz que chefes da inteligência deveriam pedir desculpas

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Depois de o diretor da CIA, John Brennan, ter dito que ficou profundamente ofendido com o fato de o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ter comparado a agência de inteligência do país à Alemanha nazista, Trump insistiu no Twitter que erros foram cometidos e que os chefes da inteligência norte-americana deveriam pedir desculpas.

"Esses chefes de inteligência cometeram um erro aqui, e quando as pessoas cometem erros, eles devem pedir desculpas", escreveu o republicano na noite deste domingo, que acrescentou que os meios de comunicação também deveriam pedir desculpas.

A comparação que Trump fez entre as agências de inteligência e a Alemanha ocorreu no dia 11, em uma tentativa de expressar a sua indignação com as acusações feitas na imprensa de que agentes russos teriam materiais comprometedores sobre ele. As reportagens vieram à tona após oficiais da CIA terem alertado Trump e o presidente Barack Obama sobre as acusações.

Na ocasião, Trump afirmou no Twitter que as agências de inteligência nunca deveriam ter permitido que "esta falsa notícia escapasse para o público". "Um último tiro em mim. Estamos vivendo na Alemanha nazista?", escreveu.

Hoje, o diretor da CIA, se disse profundamente ofendido com a comparação. "O que eu acho ultrajante é comparar o pessoal da inteligência com a Alemanha nazista", disse Brennan, em entrevista ao programa Fox News Sunday. "Eu fico muito envergonhado com isso, e não há nenhuma base para Trump apontar os dedos para a comunidade de inteligência por vazamento de informações que já estavam disponíveis publicamente".

Em sua reposta ao diretor da CIA, o presidente eleito também agradeceu ao apoio do jornalista Bob Woodward, que ficou famoso pelas reportagens sobre o escândalo do Watergate, nos anos 1980, ao lado do seu colega Carl Bernstein. "Obrigado ao Bob Woodward, que disse: 'isso é um lixo de documento... nunca deveria ter sido apresentado... Trump tem o direito de ficar chateado...", disse o presidente eleito.

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