Inflação começa 2017 pressionada por preços administrados, diz IBGE

Notícia
Espaço entre linhas+- ATamanho da letra+- Imprimir




A inflação começará o ano de 2017 pressionada por reajustes de preços administrados. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) absorverá aumentos nos gastos, sobretudo, com transportes, lembrou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É esperado impacto de reajustes de ônibus urbano em Belo Horizonte (de 9,40% em 3 de janeiro); Brasília (16,66% em 2 de janeiro); Salvador (9,09%, em 2 de janeiro); e Campo Grande (8,61%, em 22 de dezembro).

O táxi ficou 7,87% mais caro no Recife, a partir do primeiro dia do ano. Já o metrô de Brasília teve um aumento de 25% em 2 de janeiro. O Rio de Janeiro absorverá ainda parte da elevação de 40,16% no pedágio de importante via da região em 5 de dezembro.

A tarifa de ônibus intermunicipal em Salvador subiu 8,42%, em 26 de dezembro. Quanto aos reajustes anunciados no bilhete único intermunicipal no Rio de Janeiro e São Paulo, Eulina prevê pouco impacto sobre a inflação, uma vez que o item não tem grande representatividade no cálculo do indicador.

"O uso da integração intermunicipal não tem participação forte no transporte urbano em geral, não é muito representativo. Mas estamos acompanhando", afirmou Eulina. "Quanto aos combustíveis, não sabemos se vai ter algum reflexo ainda o reajuste em 6,1% no diesel nas refinarias em janeiro", acrescentou.

A região de Campo Grande terá impacto da elevação de 8,47% na taxa de água e esgoto em 3 de janeiro. Segundo a pesquisadora, o IBGE acompanha ainda o aumento do ICMS sobre serviços de telefonia. O impacto será absorvido pelo IPCA de janeiro, mas o órgão ainda está levantando informações com as operadoras.

No entanto, para 2017, a expectativa é de taxas de inflação menores do que as registradas em 2016, uma vez que as previsões para o clima e a safra agrícola do País são melhores. A pesquisadora afirmou ainda que a inflação é um mal para todo o País e que não é possível dizer que há um grupo populacional mais afetado pelo aumentos de preços.

Notícia